terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Dia 18: Morungaba contra Dengue, Zika e Chikungunya

O prefeito Marquinho de Oliveira participou do lançamento de evento da EPTV para combater o Aedes Aegypti. “A população da Estância de Morungaba certamente apoiará a iniciativa”, disse.

A Estância Climática de Morungaba vai participar ativamente do 2º Mutirão Regional de Combate ao Aedes Aegypti, projeto da EPTV-Campinas, apresentado ontem aos prefeitos da região. Marquinho de Oliveira, prefeito de Morungaba, participou da abertura do ato. “É uma ação muito importante, que deve ter caráter permanente em todo o país, como ouvimos aqui. Na nossa estância, teremos certamente o apoio de toda população, que já nos deu exemplos positivos em mutirões realizados para limpeza de escolas, terrenos e mato em calçadas de frente para suas casas”, destacou, no Palácio dos Jequitibás, sede da Prefeitura de Campinas, terça-feira, 7, de manhã. A coordenadora de Saúde da Prefeitura, Marla Stranieri, também esteve no lançamento do mutirão.


Cármino de Souza, observado por Marquinho de Oliveira, destaca
importância do mutirão

A EPTV-Campinas, com área de cobertura em 49 municípios, considera a participação dos municípios, sábado, dia 18 de fevereiro, a partir das 8 horas, fundamental para o sucesso na luta contra a proliferação do mosquito e o extermínio da Dengue, Zika Vírus, Chikungunya e Febre Amarela. A EPTV (Emissoras Pioneiras de Televisão), formada por suas unidades de  Campinas, Ribeirão Preto, Central (São Carlos) e Sul de Minas (Varginha), promove os mutirões pelo segundo ano consecutivo. Desta vez, a rede de emissoras pretende atingir os 317 municípios que alcança, com uma população aproximada de 11,8 milhões de habitantes.

No encontro, apoiado pelo prefeito de Campinas, Jonas Donizete, o secretário de Saúde local, Cármino de Souza, destacou a importância da comunicação no combate ao mosquito, que não deve ser limitada ao período epidêmico. “A dengue não vai desaparecer do nosso meio num horizonte que a gente conheça atualmente”, afirmou. Souza falou também sobre uma preocupação maior com a chikungunya e sobre a mortalidade por febre amarela, a maior desde 1952. “A tendência da febre é cair na área urbana. Não procure vacina fora da área recomendada de ocorrência da doença, de característica silvestre. Precisamos ter toda atenção com os focos do mosquito da dengue, já conhecidos, como caixas d´água, piscinas, calhas etc.”


Antonio Carlos Coutinho Nogueira, diretor geral da EPTV, fala aos prefeitos
e autoridades presentes

POLÍTICAS PÚBLICAS

O diretor geral da EPTV, Antonio Carlos Coutinho Nogueira, afirmou que a ação institucional da emissora atende a visão da empresa de concessão de serviço público. “Participamos de todas as políticas públicas que beneficiam nossas cidade, como dengue, campanhas de agasalho e de segurança pública. Não nos envolvemos em política partidária. Gostaria de deixar uma mensagem sobre o momento difícil que vivemos, até no campo da ética na política. Toda crise modifica o ambiente. Temos instituições fortes e daqui dois anos o Brasil será melhor”, completou.

Jonas Donizete, prefeito de Campinas, também ressaltou a importância da comunicação no combate à dengue, “com a união do poder público e a mídia de credibilidade, favorecendo a causa pública”.

 

Falaram ainda sobre o evento, entre outros, o presidente do Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Campinas, prefeito de Santa Bárbara do Oeste,  Denis Eduardo Andia, a diretora Executiva da Agemcamp - Agência Metropolitana de Campinas, Ester Viana e a diretora regional de Campinas da SUCEN - Superintendência de Controle de Endemias, da Secretaria de Saúde do Estado, Renata Caporalle Mayo e o diretor de Relações Institucionais da EPTV, Paulo Brasileiro, que apresentou o 2º Mutirão Regional de Combate ao Aedes Aegypti.

 AEDES AEGYPTI

Transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, a dengue é uma doença viral que se espalha rapidamente no mundo. Nos últimos 50 anos, a incidência aumentou 30 vezes, com ampliação da expansão geográfica para novos países e, na presente década, para pequenas cidades e áreas rurais. É estimado que 50 milhões de infecções por dengue ocorram anualmente e que aproximadamente 2,5 bilhões de pessoas morem em países onde a dengue é endêmica.

Na região das Américas, a doença tem se disseminado com surtos cíclicos ocorrendo a cada 3/5 anos. No Brasil, a transmissão vem ocorrendo de forma continuada desde 1986, intercalando-se com a ocorrência de epidemias, geralmente associadas com a introdução de novos sorotipos em áreas anteriormente indenes ou alteração do sorotipo predominante. O maior surto no Brasil ocorreu em 2013, com aproximadamente 2 milhões de casos notificados. Atualmente, circulam no país os quatro sorotipos da doença, segundo o Ministério da Saúde.

A dengue é uma doença cujo período de maior transmissão coincide com o verão. Isto devido aos fatores climáticos favoráveis a proliferação de seu vetor,  Aedes aegypti.
Para quem vai viajar e deixar a casa fechada lembre-se de não deixar nenhuma oportunidade para o vetor se proliferar, como por exemplo, substituir a água dos pratos dos vasos de planta por areia, deixar a caixa d´água tampada, cobrir os grandes reservatórios de água, como as piscinas e remover do ambiente todo material que possa acumular água (garrafas pet, latas, pneus).
Em caso de viagens para áreas de risco de dengue, o ideal é hospedar-se em locais que disponham de telas de proteção nas portas e janelas. Utilizar roupas que minimizem a exposição da pele durante o dia quando os mosquitos são mais ativos proporcionam alguma proteção às picadas dos vetores da dengue. Repelentes compostos por DEET, IR3535 ou Icaridin podem ser aplicados na pele exposta ou nas roupas e seu uso deve estar em estrita conformidade com as instruções do rótulo. A utilização de mosquiteiro proporciona boa proteção pra aqueles que dormem durante o dia, como por exemplo: bebês.
Para redução das picadas por mosquitos em ambientes fechados, recomenda-se o uso de inseticidas domésticos em aerossol, espiral ou vaporizador.  
É preciso estar atento ao surgimento dos sintomas da doença. Caso ocorra, deve-se procurar imediatamente orientação médica e evitar automedicação. O doente com dengue pode apresentar sintomas como a febre alta (39° a 40°C) de início abrupto que geralmente dura de 2 a 7 dias, acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e articulações, prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupção e prurido cutâneo. Perda de peso, náuseas e vômitos são comuns. O aparecimento sangramentos (nariz, gengivas), dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes, letargia, sonolência ou irritabilidade, hipotensão e tontura podem indicar um sinal de alarme e/ou de agravamento.
Os casos graves necessitam de especial atenção médica, pois podem ser fatais. É importante procurar orientação médica ao surgirem os primeiros sintomas.

ZIKA VÍRUS

É uma doença viral aguda, transmitida principalmente, pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus, caracterizada por exantema maculopapular pruriginoso, febre intermitente, hiperemia conjuntival não purulenta e sem prurido, artralgia, mialgia e dor de cabeça. A maior parte dos casos apresentam evolução benigna e os sintomas geralmente desaparecem espontaneamente após 3-7 dias. No entanto, observa-se a ocorrência de óbitos pelo agravo, aumento dos casos de microcefalia e de manifestações neurológicas associadas à ocorrência da doença.
CHIKUNGUNYA
A Febre Chikungunya é uma doença transmitida pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus. No Brasil, a circulação do vírus foi identificada pela primeira vez em 2014. Chikungunya significa "aqueles que se dobram" em swahili, um dos idiomas da Tanzânia. Refere-se à aparência curvada dos pacientes que foram atendidos na primeira epidemia documentada, na Tanzânia, localizada no leste da África, entre 1952 e 1953. 
FEBRE AMARELA
A estratégia de duas doses, adotada no Brasil, é segura e garante proteção durante toda a vida. A população que não vive na área de recomendação ou não vai se dirigir a essas áreas não precisa buscar a vacinação neste momento, informa o Ministério da Saúde.

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