Estância Climática de Morungaba, 4 de janeiro de 2017 - Mostrar à população como está recebendo os prédios municipais, desde escolas e creches até postos de saúde, porque a Prefeitura de Morungaba tem queda de receita, dívidas pendentes e o Brasil vive um tempo de grave crise econômica. "Não se trata de falar mal dos outros; trata-se de ser transparente, mostrar a realidade que encontramos", enfatiza o prefeito da Estância Climática de Morungaba, ao informar a razão de ter convidado vereadores e cidadãos da cidade para ver como estão os recursos e equipamentos da administração municipal.
Acompanhado do vice-prefeito Luís Fernando Miguel e de assessores, e registrando suas visitas com fotos, o prefeito e seus convidados andaram por Morungaba durante quatro horas na terça-feira, 3, o segundo dia da gestão 2017-2020. "Quero governar Morungaba junto com a população", afirma Marquinho de Oliveira.
Marquinho de Oliveira fala a vereadores e cidadãos sobre os problemas de manutenção |
Antonio Ricardo P. de Oliveira (Pituca), Antonio Salvador Marques (Toninho), Igor de Godoy, Luís Carlos de Lima (Carlinhos Cabeleireiro), Richard Ishicava e Tiago da Costa Laranjeira acompanharam o prefeito.
Somente Júlio César de Moraes (Júlio do Vadu), presidente da Câmara Municipal, e Tomás Pedro Bom Joanni Federicci, que tinham outros compromissos, e Reinaldo Benedito Barbosa, que não foi localizado a tempo, não estiveram no ato, que surpreendeu muitos diante do cenário de problemas encontrados. "A situação é difícil e não teremos solução a toque de caixa. Não se pode maquiar a realidade", disse Marquinho de Oliveira aos convidados.
Assim, dos 89 veículos da Prefeitura, 31 estão quebrados, com diferentes problemas de todos os níveis.
Barracão abandonado, ao lado da garagem municipal |
De acordo com informações dos diretores e funcionários das escolas durante a visita, não se faz manutenção adequada nas há cerca de dois anos. Exames laboratoriais estão suspensos por atraso de pagamentos da área de saúde.
A dívida com a empresa que presta serviços no hospital está em torno de aproximadamente R$ 450.000,00.
O cemitério e algumas ruas da cidade estão perdidos no mato.
Paralelamente, por determinação da Justiça, a Prefeitura terá de pagar, na gestão 2017-2020, aproximadamente R$ 6 milhões de dívida de administrações passadas, referente a desapropriação e um outro precatório. "É resultado de irresponsabilidade administrativa, que toda a população tem de pagar", explicou Marquinho de Oliveira.
EDUCAÇÃO
EDUCAÇÃO
A situação do Grupo Escolar Antônio Rodrigues da Silva – o mais antigo da estância climática – é muito precária, com infiltração de água em diferentes pontos do prédio. A mesma situação é vista na Escola Irmã Amélia Fúria.
Infiltração em teto de creche |
Já a Unidade Básica de Saúde – apresentada erroneamente como futuro hospital, durante campanha política -, em obras na Vila Mariana, e orçada em R$ 3,1 milhões, teve sua localização questionada, já que o acesso é difícil para população com dificuldade de mobilidade, por exemplo. "Não bastam obras físicas, pois a Prefeitura precisa de recursos humanos e de profissionais de saúde para bem atender a população", afirmou Marquinho de Oliveira.
Escola fechada no Bairro do Feital |
Na Escola "Professor Irineu Tobias", tomada por mato, como outras unidades, o alambrado está com aberturas de acesso a eventuais invasores, os banheiros estão sem portas. "Na verdade, há mato por toda cidade, lâmpadas de led, conhecidas como duradouras, estão queimadas em muitos postes; muitos reatores da iluminação do Túnel de Bambu estão queimados".
Paralelamente, as margens do ribeirão que corta a cidade estão tomadas por matagal, que provoca acúmulo de lixo em suas margens. No Bairro do Feital, a Unidade Básica de Saúde, em obras, sofreu desvio de material. No Bairro dos Silvas, o posto de saúde está fechado e abandonado".
Posto de saúde fechado no Bairro dos Silvas |
Há, ainda, entre outros problemas, obras pendentes da creche ao lado do Centro Integrado de Educação Fundamental (CIEF), que sedia a Diretoria de Educação. O CIEF também sofre com falta de manutenção e infiltrações de água pelas paredes, porta quebrada etc.
O Centro de Informação Turística, inaugurado às pressas dia 30 de dezembro, sexta-feira passada, chama a atenção por seu projeto. Grandes espaços tem somente uma tomada de energia elétrica. Não há instalação adequada para colocar o bebedouro de água. Existe, no segundo pavimento, um terraço inacessível. É preciso pular a janela para entrar nele. Talvez sirva apenas para a colocação de floreiras. "Não dá para entender", afirma o prefeito.
Visita ao "Antonio Rodrigues da Silva" |
Marquinho de Oliveira e Luís Fernando Miguel convidaram o grupo que visitou as propriedades municipais para uma reunião de avaliação nesta quarta-feira, 4, quando receberam sugestões.
Nenhum comentário:
Postar um comentário